sexta-feira, 6 de novembro de 2009

ainda é cedo, amor...







[Uma mulher de trinta anos tem atrativos irresistíveis para um rapaz... Com efeito, uma jovem tem ilusões, muita inexperiência, e o sexo é bastante cúmplice do amor... ao passo que uma mulher conhece toda a extensão dos sacrifícios que tem a fazer. Lá onde uma é arrastada pela curiosidade, por seduções estranhas à do amor, a outra obedece a um sentimento consciente. Uma cede, a outra escolhe... dando-se, a mulher experiente parece dar mais do que ela mesma, ao passo que a jovem, ignorante e crédula, nada sabendo, nada pode comparar nem apreciar... Uma nos instrui, nos aconselha... a outra quer tudo aprender... Para que uma jovem seja amante, precisa ser muito corrompida, e então é abandonada com horror, enquanto uma mulher possui mil modos de conservar a um tempo seu poder e sua dignidade... A jovem... acredita ter dito tudo despindo o vestido; mas uma mulher... se esconde sob mil véus... afaga todas as vaidades... Chegando a essa idade, a mulher sabe consolar em mil ocasiões em que a jovem só sabe gemer. Enfim, além de todas as vantagens de sua posição, a mulher de trinta anos pode se fazer jovem, desempenhar todos os papéis, ser púdica e até embelezar-se com a desgraça.]

Honoré de Balzac
.
.
.
MUAH!

Um comentário:

Mila Feiten disse...

minha balzaquiana
[ou balzaca, nao sei] preferida em toooooooodo o mundo.
te amo, rata. de verdade. te admiro pelo fato de vc gostar das pessoas como elas são [estou me referindo ao meu jeito corta-pulsos, sure] com uma generosidade de coração surprendente. quando crescer quero ser igual a você.

baleia f. dograda e postrituida, digo, mila.