terça-feira, 22 de abril de 2008

o meu país ainda é o das maravilhas



[Farto de ver. A visão que se reecontra em toda parte.
Farto de ter. O ruído das cidades, à noite e ao sol, e sempre.
Farto de saber. As paradas da vida. - Ó Ruídos e Visões!
Partir para afetos e rumores novos.]
Arthur Rimbaud
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e é isso. não se fala mais em desagrados.
alice conhece seu país e suas maravilhas. e reconhece que toda história precisa de um vilão.
e pronto. alice também é vilã, certamente, em alguma história alheia.
alice, como boa moradora do país das maravilhas, foi também leitora juvenil de pollyana, a garotinha capaz de transformar qualquer desventura em maravilha (estamos usando essa palavra sem a menor parcimônia hoje, não é mesmo?). alice acredita. simples assim, ela acredita.
acredita no que diz seu pequeno e surrado coração, acredita na forma nonsense que ele tem de escolher quem passará a morar dentro dela. acredita em todos que moram ali dentro. em todos que seguram a sua mão.
alice acredita tanto que faz as malas. separa seus modelos incríveis, seus cosméticos (alice é espertinha e sabe que o tempo não perdoa), seu gato listrado e seus desejos a serem saciados. todos estão precisando, como disse patti smith, citando rimbaud lá na no blog de pano: de um cenário novo e de um ruído novo. e daquele cheiro da curva, que eu já conheço um pouco.

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