sábado, 31 de janeiro de 2009

verdade seja dita...



"steve, encare os fatos", disse. "você é um escritorzinho de nada que não ganha dinheiro nenhum, certo? mas eu sou madonna. quer dizer, quanto estou ganhando: 250 mil dolares por ano? e ano que vem estarei ganhando dez vezes mais do que isso. e você? bem você ainda vai ser esse zé - ninguém sem um tostão, não vai?"
ignorando a expressão de dor em seu rosto, ela continuou: "na verdade, sua revista provavelmente vai estar quebrada dentro de um ano. então, receio que isso nunca vá funcionar. você e eu steve, não dá mais. sinto muito", concluiu, "mas acabou. é sério"
"isso é tudo que importa pra você?", perguntou incrédulo. "sucesso e dinheiro?"
"é isso", ela respondeu, balançando a cabeça. "já que você mencionou, é."
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sabedoria de madonna não se discute.
obrigada. volte sempre.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

é o que temos...

eu ainda não aprendi a usar a nova língua portuguesa (então se tudo aqui estiver fora da regra, sorry. não é burrice, é desinformação)
eu moro numa ilha e não tenho a cor do verão. e só vou à praia quando vem gente de curitiba pra cá.
eu ainda não me apaixonei.
em 26 de janeiro, constato que já gastei todo dinheiro que tinha pra viver até final de fevereiro.
minha bunda continua mole.
a dieta ainda não fez efeito.
eu parei de tomar cerveja e isso tem me deixado um pouco mal humorada.
eu odeio trabalhar segunda feira.
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em fevereiro tem carnaval.
e amanhã, começa o pilates.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

les poupées russes



encontro-me a quase quatro dias sem alcool. quase quatro dias sem junkie food. quase quatro dias comendo rúcula.
umas 90 horas sem passar maquiagem. mais de 5 mil minutos sem salto, decote ou pomada no cabelo.
quase quatro dias sem contato com o mundinho noturno requebrante.
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nem quatro dias se passaram e eu já voltei a acreditar no amor.
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o que não faz o tédio, a falta de cerveja e uma locadora por perto...

- Ai, Glória, por favor, você me dá uma aspirina?
- Mas por que você me pede tanta aspirina, Maca? Não é pelo dinheiro não, mas pode fazer mal!
- Para eu não me doer!
- Hã??
- Para eu não me doer. É dentro.

(A Hora da Estrela, Clarice Lispector)