[eu já não consigo mais viver dentro de mim
e viver assim é quase morrer
venha me dizer sorrindo que você brincou
e que ainda é meu, só meu o seu amor]
a maior carência dos últimos tempos...
sábado, 29 de dezembro de 2007
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
complexo de judy garland
Tudo vale a pena quando a alma não é pequena.
O medo, a tensão, a dor, o pânico.
Tudo vale a pena.
E não se pode ser cínica aos 30 anos. Não, por favor.
A probabilidade de tragédia no decorrer do período é grande. Lágrimas provavelmente se aproximam. A vida é dura e rapadura não é mole.
Mas tudo vale a pena quando a coisa não é pequena.
E de que me adianta tanta fama se sou tão só?
Guardo a solidão para a velhice. Rivotril com champanhe, botox e bob esponja.
Tudo vale a pena e a vida não é pequena.
terça-feira, 4 de dezembro de 2007
como quem pede desculpas pra si mesmo
ando precisando de um novo cheiro preferido. aquele cheiro que vira quase obsessão, que a gente começa a sentir em qualquer lugar.
um cheiro que só existe na curva mais que perfeita entre ombro e pescoço, onde cada um tem um mundo, um cheiro e um gosto particulares.
o cheiro que se encontra quando a gente precisa fugir do mundo e pede abrigo naquele pedaço de corpo, a curvinha que deixa tudo escuro e onde se pode, por alguns instantes, repousar a cabeça e tirar férias de pensar.
ando precisando desse cheiro que gruda no corpo e faz ter vontade de nunca mais tomar banho e dormir cheirando o braço até gastar todo o cheiro. o cheiro que gruda na coberta e no travesseiro. que passa a morar nas roupas e em todo o imaginário.
o cheiro único. particular. o cheiro que é um universo.
ando prcisando de um cheiro. e de uma enorme, destruidora, arrebatadora e avassaladora paixão.
[uma noite ela me disse: quero me apaixonar]
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
ela, sempre tão intensa, sempre querendo entender o inintendível e viver a fundo toda e qualquer experiência sem nunca perguntar se realmente valeria a pena. ela que sempre conheceu o lado grande, demais, exagerado da vida. ela que sempre foi tão eufórica e andou de mãos dadas com a alegria. ela entendeu que de vez em quando é preciso perder o mede e levar a tristeza pra passear.
botá- la na cama, dar de comer, abraçar a tristeza e deixar ela tomar conta. do quarto, da casa, do aparelho de som, da vida.
ela se deixou sangrar, derramou - se inteira, pra poder entender - se um pouco mais.
ela e a tristeza, amigas, trancadinhas no mundinho cinza que construiram juntas. ela olhou bem de perto pros seus defeitos e encontrou grandes qualidades.
ela abraçou bem forte seus medos e descobriu o tamanho da sua coragem. a de se deixar sentir, inclusive.
e gostou um pouquinho mais de si.
e um dia, depois de ter conhecido bastante o que precisava conhecer, ela guardou a tristeza na caixinha, lá em cima do armário, junto com as lembranças dos velhos amores que ainda doem um pouquinho, mas são indispensáveis à vida (os amores e a dorzinha pequena), vestiu uma camisa amarela e saiu por aí.
tudo passa rápido demais, pra se viver trancada no quarto.
botá- la na cama, dar de comer, abraçar a tristeza e deixar ela tomar conta. do quarto, da casa, do aparelho de som, da vida.
ela se deixou sangrar, derramou - se inteira, pra poder entender - se um pouco mais.
ela e a tristeza, amigas, trancadinhas no mundinho cinza que construiram juntas. ela olhou bem de perto pros seus defeitos e encontrou grandes qualidades.
ela abraçou bem forte seus medos e descobriu o tamanho da sua coragem. a de se deixar sentir, inclusive.
e gostou um pouquinho mais de si.
e um dia, depois de ter conhecido bastante o que precisava conhecer, ela guardou a tristeza na caixinha, lá em cima do armário, junto com as lembranças dos velhos amores que ainda doem um pouquinho, mas são indispensáveis à vida (os amores e a dorzinha pequena), vestiu uma camisa amarela e saiu por aí.
tudo passa rápido demais, pra se viver trancada no quarto.
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