terça-feira, 4 de dezembro de 2007
como quem pede desculpas pra si mesmo
ando precisando de um novo cheiro preferido. aquele cheiro que vira quase obsessão, que a gente começa a sentir em qualquer lugar.
um cheiro que só existe na curva mais que perfeita entre ombro e pescoço, onde cada um tem um mundo, um cheiro e um gosto particulares.
o cheiro que se encontra quando a gente precisa fugir do mundo e pede abrigo naquele pedaço de corpo, a curvinha que deixa tudo escuro e onde se pode, por alguns instantes, repousar a cabeça e tirar férias de pensar.
ando precisando desse cheiro que gruda no corpo e faz ter vontade de nunca mais tomar banho e dormir cheirando o braço até gastar todo o cheiro. o cheiro que gruda na coberta e no travesseiro. que passa a morar nas roupas e em todo o imaginário.
o cheiro único. particular. o cheiro que é um universo.
ando prcisando de um cheiro. e de uma enorme, destruidora, arrebatadora e avassaladora paixão.
[uma noite ela me disse: quero me apaixonar]
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