quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

bye bye miss american pie.



despedidas são sempre tristes. para mim elas sempre são.
sou daquele tipo de gente que não consegue desgrudar a mão. que segura com força, mesmo sendo arrastada para o lado oposto, até que o último dedinho deixe de tocar o último dedinho daquela outra mão.
eu não sei dizer tchau. eu não sei dizer fim. eu não sei colocar pontos finais, encerrar parágrafos e fechar livros.
nunca soube.
sempre tive medo da vida longe do que é conhecido. mesmo que o conhecido seja o que não me serve mais, o que não me alimenta, o que me consome.
eu nunca consegui terminar namoros, por mais que quisesse. nunca soube ir embora, por mais que não me sentisse mais a vontade por ali.
no máximo eu consigo sair correndo, fugir, desligar o telefone e fingir que não estou participando da vida por um tempinho. e fico quietinha, com a minha porta fechada, esperando que esqueçam da minha participação e passem a acontecer sem mim.
eu sou assim. sempre fui. talvez sempre seja.
preciso que ponham fim por mim. preciso que vão embora e me deixem, daí eu invento um final pra me deixar satisfeita e volto a me sentir leve pra caminhar pelas estradas que eu ainda não conheci.
eu gosto do que eu não conheço. eu tenho medo é do que me é familiar. meu medo é de mim e do que eu acho a que pertenço.
tenho essa necessidade de me sentir pertencendo. mas a verdade é que eu nunca vou pertencer a nada, nem a ninguém.
talvez eu tenha nascido para ser artista solo. no palco, nos bastidores e na vida.
isso não me impede de encontrar boas parcerias. algumas eternas, algumas por poucas temporadas, algumas pra abrilhantar um ou dois episódios.
minha história é assim. minha vida é assim.
essa que eu escolhi, a minha. só. solo. assim.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

the end has no end.

"a tirania é feliz por inúmeras razões. entre elas, por poder fazer e dizer o que bem lhe agrada."
antigona, sófocles.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

- oi, graziela. é o seguinte: gostamos do seu perfil. quer agendar uma reunião para conversarmos?
- claro moça. até porque, ultimamente, meu perfil não tem sido dos mais requisitados por aqui.
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pronto. o 0,0003% que faltava chegou.
até dia 02, meu brasil.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009



ando descobrindo que nem sempre o vazio é leve e nem sempre a falta de amarras é livre. e que a gente pode enganar todo mundo, mas a maior bobagem é tentar enganar o que sente.
descobri que já passou da hora de parar de fingir que eu não sinto nada e de dizer exatamente o contrário do que eu sinto.
descobri que ando querendo vida com voracidade.
eu não sei ser morna, não sei ser meio, eu nunca soube me equilibrar sobre muros.
preciso de sim ou de não mesmo que amanhã seja tudo diferente.
preciso poder engolir o mundo, deixar cheio o lado de dentro de mim que eu me esforcei tanto pra esvaziar.
preciso viver pra criar lembranças, pra colorir a minha história, pra encher denovo minha caixinha da memória de imagens inesquecíveis, cheiros e barulhos insubstituíveis.
eu quero mergulhar em águas transparentes e limpas, quero mergulhar longe desses lugares escuros, onde preciso sempre cuidar pra não bater em pedras ou não pisar em falso.
nao quero mais ter que viver tomando cuidado com onde ponho os pés.
nem com onde descanso o coração.
cansei de espaços insalubres. preciso de um cantinho limpo e seguro pra estacionar o coração.
preciso de palavras. palavras. palavras.
mãos.
mais.
e nunca mais me deixar acreditar que pouco pode ser suficiente.
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[o que eu era antes não me era bom. mas era desse não-bom que eu havia organizado o melhor: a esperança. de meu próprio mal eu havia criado um bem futuro. o medo agora é que meu novo modo não faça sentido? mas por que não me deixo guiar pelo que for acontecendo? terei que correr o sagrado risco do acaso. e substituirei o destino pela probabilidade.]
clarice lispector

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

oummmmmmmmmmmmmm

thaís diz:
mantra: "foda-se. nem queria mesmo"

nanda diz:
mantra: "exploda pelo cu"

graziela diz:
mantra: "fashion de cu é rola!"
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respira em 3 tempos, solta em 5.
mentaliza e bum! explodiu.

(tem coisas que só a solidariedade feminina compreende)

domingo, 1 de fevereiro de 2009

baseado em fatos reais

vodka, vodka, vodka, vodka
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tuntz tuntz tuntz tuntz
- ooooooooiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!
tuntz tuntz tuntz tuntz
- oi.
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caipirinha, caipirinha, caipirinha, caipirinha
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- gente, aquela moça é tipo, MUITO feia, ou eu tô louca?
- mais feia do que isso, meu bem. muito mais.
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ricão is your man tanananananana
ricão is your maaaaaaaaaaaaaaaaaan
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caipirinha, caipirinha, caipirinha, caipirinha
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- oi?
- VAI TOMAR NO CU!
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luzes acendem.
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qualquer semelhança com fatos e pessoas reais, enfim...